O consumidor anda preocupado com as constantes altas nos preços de alimentos. Se antes, na hora de fazer economia optava-se por cortar os supérfluos, muitos se perguntam como fazer então quando as maiores altas estão sendo registradas para produtos básicos como o feijão.
O tomate, considerado o vilão do orçamento doméstico nas últimas semanas caiu de preço e agora o feijão é que vem assustando com valores cada dia mais salgados.
“Está tudo pela hora da morte, a gente nem sabe mais de onde tirar para economizar porque quem pode deixar de comprar feijão, arroz? Está cada dia mais difícil ser pobre e a gente fica ouvindo que a inflação está controlada e não vê isso na prática”, argumenta a dona de casa Maria Veridiana da Silva, 54 anos.
Para o economista Luís Carlos de Oliveira, a inflação volta a assustar e pesa justamente nesses itens especialmente por conta das estiagens que prejudicaram a plantação de muitas produções.
“Esses alimentos vêm ganhando peso no orçamento do consumidor por motivos climáticos que afetaram a produção. Quando há pouca oferta do produto ele acaba encarecendo e chegando mais oneroso no final dessa cadeia de consumo que é o consumidor”, pontua o especialista.
Ainda justificando essa situação, há dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de que não houve condições adequadas para o armazenamento e estoque do feijão em 2012. Fato que refletiu diretamente no preço da saca de feijão, no atacado, que permaneceu acima do preço comercializado em 2012.
O aumento é sentido nas prateleiras dos supermercados em Teresina e também na Central de Abastecimento do Piauí, Ceapi. A dona de casa Maria Rita Sobral faz toda semana a feira na Ceapi e diz ter se assustado com o preço cobrado pelo litro de feijão verde. “Está de seis reais, aumentou muito e logo nesta época do ano em que a gente compra mais barato porque tem mais”, lamentou.
De acordo com o economista, vários fatores foram preponderantes para a subida da inflação. “O aumento vem sendo percebido desde janeiro por conta do aumento do salário mínimo. A seca também tem prejudicado muito a oferta de alimentos”, explicou.
A elevação do índice tem preocupado comerciantes, que, em certos casos são obrigados a cortar gastos, e mesmo com as reclamações se veem obrigados a repassar os custos para o consumidor final.
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