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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Faltam leitos em UTI nos 2 maiores hospitais públicos do Piauí

Imagem: Reprodução TV Clube
A equipe do Jornal Hoje passou dois dias dentro dos maiores hospitais públicos de Teresina: o Hospital de Urgência e Emergência e o Hospital Infantil, e constatou que muitos pacientes em estado grave entram numa fila para disputar uma vaga na UTI.

Os pacientes não são monitorados por equipamentos porque está tudo quebrado, sem funcionar. Só nos últimos dois meses, mais de 300 pacientes morreram no Hospital de Urgência enquanto esperavam por um leito de UTI.
A equipe do Jornal Hoje flagrou um menino tem um tumor na cabeça, em estado grave, estava sozinho com a mãe numa maca na enfermaria porque não tem vaga na UTI no único hospital público infantil de todo o estado.

A situação é ainda pior no maior Hospital de Urgência e Emergência de Teresina. Os corredores estavam lotados.  São mais de quatro mil atendimentos por mês. As pessoas chegavam de várias cidades do Piauí e também de estados vizinhos como o Maranhão e o Pará. Os pacientes mais graves ficavam juntos numa sala enquanto não aparecia uma vaga na UTI.

Muitos pacientes estão entubados. Eles deveriam ficar conectados à máquinas  de monitoração, mas algumas não funcionam. Um papelão foi usado no lugar do vidro de uma janela quebrada. A sala deveria estar completamente isolada para evitar o risco de contaminação.

As imagens foram mostradas para o presidente da Sociedade de Terapia Intensiva do Piauí, Kelson Veras, que também trabalha no hospital.

“Não há monitor que esteja medindo a sua pressão, a oxigenação do sangue, a pressão arterial e o ritmo do coração. Sem esses indicadores, o médico não consegue tratar o paciente porque estaria trabalhando no escuro”, diz Veras.

Nós últimos dois meses, mais de 300 pessoas morreram no Hospital de Urgência de Teresina, segundo a Associação de Médicos Intensivistas. Todos estavam esperando por uma vaga na UTI.  Isso dá uma média de cinco mortes por dia.

O diretor do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), Gilberto Albuquerque, diz que diariamente ficam de 15 a 20 pacientes aguardando a liberação de um leito e admite que eles escolhem quem deve ficar com a vaga.
“A UTI lhe dá uma perspectiva de vida muito maior do que fora dela nos pacientes graves. Então muitos casos, vários pacientes precisam e tem que ser feito uma operação, geralmente pelo que tem mais chance de sobreviver”, declara o diretor.
A direção do Hospital de Urgência disse ainda que o problema seria muito menor se viessem menos pacientes do interior e dos outros estados. O governo do Piauí informou que está construindo 39 leitos em cinco municípios. Já o Hospital Infantil falou que até o final do ano serão construídos mais 11 leitos de UTI.

Fonte: G1 Piauí

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