Lewman de Moura Silva estaria sendo alvo de críticas na web, segundo TJ.
Juíza acatou pedido do MP pela libertação de envolvidos no dia 23 de janeiro.
Quinta-Feira, 06 de fevereiro de 2014
Do G1 MA
A juíza que mandou soltar dois dos 22 suspeitos detidos de participar nos ataques a ônibus no Maranhão, Lewman de Moura Silva, vem sendo alvo de ofensas na internet, segundo o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA). Em sessão na tarde de quarta-feira (5), o desembargador Jamil Gedeon manifestou apoio à magistrada.
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Outra atitude não poderia ter a juíza. Ela agiu conforme a Lei. Nesse sentido, manifestamos nossa solidariedade”, declarou.
Segundo o TJ-MA, após a determinação, a juíza auxiliar da 1ª Vara Criminal de São José de Ribamar, Lewman de Moura Silva, foi alvo de críticas da população nas redes sociais e de parte da imprensa local, que comentou o assunto por meio de blogs.
A magistrada decidiu pela libertação de Sansão dos Santos Salles, de 19 anos, e Julian Jeferson Sousa da Silva, 21, no dia 23 de janeiro, após pedido do Ministério Público do Maranhão. Segundo o MP, uma análise criteriosa levou os quatro promotores do caso a considerarem que não existem provas do envolvimento dos dois nos ataques.
A dupla estava no grupo de seis detidos, no dia 6 de janeiro, por suspeita de promover o ataque a ônibus da Vila Sarney Filho que matou de Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, e deixou outros quatro feridos, no dia 3 de janeiro, no Maranhão. Com eles, foram presos Larravardiere Silva Rodrigues de Sousa Júnior, de 31 anos, e mais três menores de 15, 16 e 17 anos. Eles já foram denunciados pelo MP pela morte de Ana Clara.
Em nota, o MP reiterou que não foram encontrados indícios para que uma denúncia contra Sansão e Julian fosse formalizada. O presidente da Associação dos Magistrados do Maranhão, Gervásio Protásio, disse, em artigo publicado no site da instituição, que as críticas desferidas contra a juíza agridem não apenas uma magistrada, mas a todo o Judiciário brasileiro.
O delegado-adjunto de Polícia Civil, Marcos Affonso, já havia comentado que, embora a dupla tenha sido detida junto com outros envolvidos, não há provas contra os dois.
"Pode ser que ajam juntos em outros casos, mas, nesse caso específico, com o aprofundamento das investigações em conjunto com o Ministério Público, nós chegamos à conclusão de que, contra esses dois, não tinha elementos e provas", explicou Affonso. "O clamor é muito grande, mas nós temos que ter cautela. Não seria justo e ético manter essas pessoas presas por uma coisa de que nós não temos provas de que participaram", acrescentou.
O G1 entrou em contato com a Corregedoria Geral de Justiça do Maranhão (CGJ-MA). A assessoria confirmou que a juíza foi alvo de ataques e ficou de enviar posicionamento sobre o assunto.
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