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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

THE: Entenda como uma presidiária virou vítima de um esquartejamento ENTENDA COMO UMA PRESIDIÁRIA acabou sendo apontada como a vítima do homicídio



E o corpo esquartejado encontrado na manhã do dia 14 de janeiro deste ano continua sem identificação. É que a jovem, até então apontada como a vítima do esquartejamento, apareceu viva, dando entrevista na TV. Agora como explicar o fato da presidiária foragida Jaciara do Nascimento Pereira ter sido “dada como morta”? O 180graus reviu alguns vídeos e conversou com o titular da delegacia de Homicídios de Teresina para tentar explicar o que aconteceu com o desencontro de informações.
Tudo começou com o corpo encontrado na manhã do dia 14, cujas partes estavam separadas dentro de uma mala e outras sacolas. Do corpo foram achadas as pernas, os braços e parte do tronco, com características que identificaram o cadáver como sendo de uma mulher.
Daí começou a procura da delegacia por pessoas desaparecidas. Dentre os nomes apontados pela polícia estava o de Jaciara, que segundo a polícia fugiu da Penitenciária Feminina e estava até então “desaparecida” para os familiares. Jaqueline, irmã da detenta, foi trazida de Parnaíba para fazer o reconhecimento visual do corpo. A jovem saiu da sala do IML afirmando que poderia ser Jaciara, reconhecida até então pela aproximação de idade – entra 20 e 35 anos – por uma tatuagem e ainda a informação de que o corpo era de uma mulher que esteve grávida recentemente, assim como Jaciara.
PRECIPITAÇÃO DA POLÍCIA?
Enfim, quando o delegado foi à TV anunciar o nome de Jaciara do Nascimento ele se colocou o tempo todo baseado em constatações feitas pelo reconhecimento da irmã de Jaciara. Ele menciona, conforme pode ser visto no vídeo abaixo, o seguinte: "Nas características que eu falei ontem, de que ela pariu uma vez, ou fez curetagem, ao ouvir a irmã dela, ouvi que ela (Jaciara) já tem um filho e sofreu um aborto". Ou seja, o confrontamento de informações que a polícia teve através do IML, de exames preliminares, coincidiram com o depoimento da irmã de Jaciara, que até então estava desaparecida. Tudo isso foi dito antes da última sexta-feira, quando a jovem Jaciara voltou à pensão onde estava. Teria sido precipitação dos membros da investigação em não aguardar os laudos oficiais?
VEJA ENTREVISTA CONCEDIDA NA MEIO NORTE
Delegado se baseia no depoimento da irmã de Jaciara
EXAMES NUNCA SAÍRAM OFICIALMENTE
Com esta suspeita, a Delegacia de Homicídios encaminhou uma requisição ao Instituto de Criminalística do Piauí, solicitando a comparação de digitais parciais, que estavam pouco preservadas no polegar de um dos braços do cadáver encontrado, com as digitais da ficha criminal de Jaciara. Porém, segundo o delegado, nenhum laudo conclusivo foi emitido.
“Nenhum resultado técnico afirmando com certeza que era Jaciara foi emitido. Nem de exames papiloscópicos (reconhecimento por digitais), nem mesmo do IML. Nada com essa confirmação foi entregue à delegacia. Até então o que tínhamos era apenas o reconhecimento da irmã e os dados dos peritos do IML de que se tratava de uma mulher, de 20 a 35 anos, e que já esteve grávida”, explica o delegado Francisco das Chagas, o Barêtta.
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Contudo, após a requisição do exame, a polícia recebeu informações de que Jaciara está viva, logo o cadáver encontrado não era da presidiária. “Tomamos conhecimento de que ela está viva, e quando a delegacia voltou a citar o nome dessa jovem foi por causa do rapaz com que ela teve um relacionamento. Alex, conhecido como Bob, tem proximidade com uma pessoa que é investigada pela delegacia, e que esta sim possa ter relacionamento direto com a vítima ou acusado no crime, que talvez nem tenha acontecido em Teresina”, disse o delegado em conversa com o 180graus.
Jaciara apareceu viva, em entrevista na TV Antena 10
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SE NÃO ERA JACIARA, POR QUE NÃO DIZER?
O delegado Barêtta comenta com o 180graus o seguinte. “Em uma investigação de homicídio, usamos técnicas que não podem ser bem esclarecidas, sob risco de não chegamos ao criminoso. Desviamos de um foco para partirmos em busca de outro. É preciso entender que para chegar a alguém, não precisa exatamente ir pelo caminho mais claro. São técnicas de investigação que se entregarmos para a imprensa, podemos não chegar ao acusado”, explica.
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Barêta ressalta que comentar sobre a real suspeita da polícia poderia, e pode, colocar toda investigação a perder. “Nós temos sim informações sobre quem é a vítima deste esquartejamento, bem como o possível assassino, mas que neste momento, são suspeitas, assim como foi o caso de Jaciara. Ela só foi reconhecida pela irmã, contudo ainda não tínhamos o laudo que atestava isso. Inclusive, no documento que requisitamos ao IML, pedimos dados como hora, dia e o mês da morte. Analisamos as larvas que estavam dentro do corpo, tudo, um exame complicado, que demora dias para ser feito”.


Publicado Por: Apoliana Oliveira

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