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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Morre aos 104 anos Oscar Niemeyer, maior arquiteto da história do Brasil

05-12-2012

O arquiteto Oscar Niemeyer, de 104 anos, morreu nesta quarta (05/12) no Rio. Ele estava internado desde 2 de novembro, no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul. Niemeyer completaria 105 anos no dia 15 de dezembro. A morte dele foi confirmada às 21h55 (horário de Brasília).
Hoje, um boletim médico informava que o estado de saúde do arquiteto havia piorado e era considerado grave. Segundo o hospital, Niemeyer respirava com a ajuda de aparelhos e encontrava-se sedado por causa de uma infecção respiratória.
O hospital informou também que a piora do quadro clínico do paciente aconteceu após a visita do médico Fernando Gjorup nesta quarta-feira.
O Brasil conquistou seu lugar na história da arquitetura mundial graças a Oscar Niemeyer Ribeiro Soares Filho, cujas obras - prédios-esculturas - estão presentes não só no Brasil, mas também nos Estados Unidos, França, Alemanha, Argélia, Itália e Israel, entre outros países.
Apesar de sua preocupação com a funcionalidade das obras que criou, sua atenção à estética é mais que evidente. A maioria dos arquitetos reconhece nele um desenhista extraordinário. Além disso, em geral se associou a grandes artistas plásticos para completar suas construções: Cândido Portinari, Bruno Giorgi, Alfredo Ceschiatti, Burle Marx e Tomie Othake.

História
Nascido em 15 de dezembro de 1907, Oscar Niemeyer cresceu na Zona Sul do Rio de Janeiro. Em 1928, casou-se com Annita Baldo, com quem teve uma única filha, Anna Maria.
Sempre gostou de desenhar e este dom lhe levou à arquitetura. Em 1929, ingressou na Escola Nacional de Belas Artes e, em 1932, iniciou sua carreira no escritório de Carlos Leão e Lucio Costa, por meio de quem conheceu Le Corbusier, em 1936.
Do arquiteto franco-suíço, absorveu os princípios básicos da arquitetura moderna. A convergência de opiniões era tanta que a própria obra de Le Corbusier acabou tomando um novo rumo após o contato com o brasileiro.
Divisor de águas
Na primeira fase da carreira, o arquiteto projetou o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), uma de suas obras-primas, que o tornou conhecido em todo o mundo. O destaque do complexo, concluído em 1943, é a Igreja São Francisco de Assis, em que um único elemento construtivo – uma abóbada parabólica erguida em concreto armado – serve de teto e parede. “Trata-se de um dos trabalhos mais marcantes de Niemeyer, pelo viço inovador que contém”, destaca Abilio Guerra, professor da FAU Mackenzie e editor do portal Vitruvius.
O ano de 1945 marca o ingresso de Niemeyer no Partido Comunista Brasileiro. Anos mais tarde, ele seria o responsável pelo projeto da sede do Partido Comunista Francês, uma de suas obras preferidas, pela qual não cobrou nada.
Outro importante projeto deste período foi a sede da ONU, em Nova York, no qual Niemeyer trabalhou ao lado de Le Corbusier.
Em 1953 é concluída a obra da Casa das Canoas, que serviria de residência para o arquiteto e sua família até a ida à Brasília. A laje sinuosa sustentada por pilotis é rodeada por jardins projetados pelo paisagista Roberto Burle Marx, parceiro de Niemeyer em muitos trabalhos.
O ano seguinte é marcado pelos 400 anos de São Paulo, que ganharia uma série de obras emblemáticas na ocasião. O maior “presente” foi o Parque Ibirapuera, que marcava o início de uma identidade estética para a cidade.

Ida à França
Com a ditadura instaurada em 1964, os projetos de Niemeyer passam a ser recusados. No ano seguinte, ele se junta a centenas de professores e pede demissão da Universidade de Brasília, onde lecionava.
Niemeyer vai, então, a Paris, onde haveria uma exposição sobre sua obra, e acaba ficando por lá, pois estava impedido de trabalhar em território brasileiro. Com escritório montado na capital francesa, o arquiteto projeta a sede do Partido Comunista Francês, a Universidade Mentouri de Constantine, na Argélia, e a Editora Mondadori, na Itália, além de outras obras no restante da Europa e na própria França, como o Centro Cultural Le Havre e a Bolsa do Trabalho de Bobigny.
Com a colaboração de sua filha Anna Maria, Niemeyer lança, em 1971, a sua primeira linha de mobiliário, que só seria fabricada no Brasil em 1978, pela Tendo Brasileira.
De Volta ao Brasil
Já de volta ao Brasil, Niemeyer desenha os Cieps, escolas públicas amplas e funcionais que marcariam o governo de Leonel Brizona, no Rio de Janeiro. E, para a capital do Estado, o arquiteto cria o projeto que daria forma a uma de suas obras mais vistas em todo o mundo: a Passarela do Samba, por onde desfilam anualmente as agremiações fluminenses
Em 1987, surge o Memorial da América Latina, um centro dedicado à história e à cultura latino-americanas. Em 1988, recebeu o mais importante prêmio da arquitetura mundial, o Pritzker. O reconhecimento veio também no ano seguinte, na Espanha, com o prêmio Príncipe de Astúrias. Em retribuição, Niemeyer projetou, em 2006, o centro cultural que seria inaugurado em 2010.

Edição: João PauLLo Reavendo - Facebook ADD    Fonte:Meio Norte
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