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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Candidatos vão à Justiça para anular concurso de Piripiri

Um grupo de candidatos que fizeram as provas do concurso público da prefeitura de Piripiri, no último final de semana, entrará com mandado de segurança contra o município. O motivo é a suspeita de fraude, principalmente na divulgação do gabarito do certame.
 
Imagens repercutidas na rede social virtual Facebook dão conta de discrepâncias no arquivo publicado no site do Instituto Ludus (organizador do concurso) contendo as respostas das provas.
 
O arquivo em questão, em formato PDF, apresenta um gabarito com barra de título referindo-se ao cargo de Agente Comunitário de Saúde da cidade de Canto do Buriti, e não de Piripiri.
 
A discordância flagrante entre as informações se acentua na parte interna do gabarito, onde consta o cargo respectivo como sendo o de Facilitador de Oficina, dessa vez citando Piripiri como município referente.
 
Os candidatos questionam, ainda, falhas na elaboração das questões da prova, algumas contendo mais de uma alternativa correta, outras cujas alternativas, corretas ou erradas, se chocam com as apresentadas pelo gabarito.
 
Outra reclamação dá conta de que alguns assuntos abordados nas provas não estavam inseridos no conteúdo programático e vice-versa.
 
O candidato Theo Walter, 24, que concorreu ao cargo de Agente Administrativo, afirmou que o grupo organizado conta com cerca de 40 pessoas, que já estão recebendo orientação de advogado para procederem com o ingresso da ação contra a organização do concurso.
 
“Seremos prejudicados se não tomarmos uma atitude. Infelizmente, muitas pessoas estão com medo de se unir ao restante do grupo, por terem parentes ocupando cargos na prefeitura”, lamentou Walter.
 
Outro concorrente a uma das vagas no pleito, Carlos André, 19, que também disputava uma vaga de Agente Administrativo, relatou que a desorganização do concurso começou desde as salas de realização das provas, onde, segundo ele, só havia um fiscal em cada sala e que não foi feita fiscalização de bolsas, aparelhos eletrônicos (celulares) e nem havia detector de metais.
 
“O que ocorreu foi um absurdo. A diretora do instituto que organizou o concurso ainda ousou dizer que o gabarito divulgado no Facebook foi uma montagem feita pelos próprios candidatos para forjar as falhas”, alertou André.
 
O concurso ofertou 666 vagas, distribuídos entre 65 cargos, de níveis fundamental, médio e superior.

Da Redação
redacao@cidadeverde.com

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