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A proibição consta na instrução normativa nº 25 de 25 de outubro, publicada nesta terça-feira (29) no Diário Oficial da União. Assinada pelo ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Cordeio Montes, a norma estabelece, excepcionalmente, o período de defeso adicional de 01 de novembro até 31 de dezembro para a pesca de camarões rosa, branco e sete-barbas entre o Piauí e Ceará; e de 01 a 30 de novembro para a pesca de lagostas vermelhas, camarões rosa, sete-barbas e branco nas divisas de Pernambuco, Alagoas, Mata de São João e Camaçari (estes dois últimos na Bahia).
Defeso é justamente o período em que há restrição da pesca, mas ele geralmente ocorre em épocas de reprodução e desova de animais marinhos. Para justificar este defeso adicional, o MAPA falou em “provável contaminação química por derramamento de óleo no litoral da região Nordeste”.
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Foto: Capitania dos Portos
As manchas de óleo nas praias da região têm aparecido desde o início de setembro e, embora seja o estado nordestino menos afetado, o Piauí já possui seis áreas monitoradas sendo limpas pelos órgãos competentes. Em um dia, a Semar (Secretaria Estadual de Meio Ambiente) chegou a retirar 100 Kg de óleo das praias piauienses.
O próprio governador Wellington Dias já fez críticas à atuação do Governo Federal quanto ao problema e classificou a demora na resposta como “insensata”. Para o chefe do Executivo piauiense, se não forem tomadas as devidas providências para encontrar a causa do derramamento do óleo e combate-lo, a economia do Nordeste e do país como um todo sofrerá impactos negativos.
Parlamentares piauienses também já se manifestaram a respeito da situação e assinaram um requerimento para instalação de uma CPI que deve apurar causas e responsabilidades para o derramamento de óleo nas praias nordestinas.
Por: Maria Clara Estrêla
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