A
suspensão da Operação Carro Pipa no Piauí deve comprometer ainda mais a
situação dos municípios que sofrem com a seca. A informação é da
secretária estadual de defesa civil do Piauí, Simone Pereira e do
presidente da APPM, Arinaldo Leal. De acordo com eles a situação do
Estado está em seu limite, uma vez que cerca de 460 mil famílias já
estão entrando no terceiro mês sem contar com o benefício.
De acordo com a secretária Simone Pereira todos os decretos estão vigentes em 201 municípios do Piauí, portanto, não há razão legal para barrar os repasses. “Desde que tomei conhecimento, fui à Brasília várias vezes verificar o problema, descobri que o processo estava na Casa Civil, provavelmente nas mãos de Aluízio Mercadante que é o responsável, e que de fato não havia previsão alguma para liberar qualquer recurso. Também chegaram a afirmar que o problema era a prestação de contas, mas também não havia pendências”, explicou.
Na ocasião, em sua ida à Brasília, a secretária conta que foi questionada sobre o fato de estar chovendo no Estado. Ela explicou que existem os dados pluviométricos totalmente acessíveis e que os índices até agora não conseguiram tirar o estado de calamidade nos municípios enquadrados. Nesse sentido, cabe lembrar que as chuvas no estado foram absurdamente irregulares e que a água das mesmas nem sempre é apropriada para o consumo humano.
Imagens do Município do Vila Nova do Piauí
“É contraditório, pois em um momento você tem um decreto que comprova o estado de emergência dos municípios e no momento seguinte afirmam que choveu. É preciso entender que as chuvas que tivemos não foram capazes de encher barragens”, ressaltou o presidente da Appm que também é prefeito do município de Vila Nova.
Outro agravante é a situação dos poços disponíveis, por exemplo, na região conhecida como Cristalino, que inclui municípios como Caridade do PI, São Raimundo Nonato e Curralinhos. Nessa região os poços cavados a 400m de profundidade dificilmente são fontes de águas e quando o são, resultam em água salobra ou mesmo salgada e imprópria para consumo humano.
ENTENDA A GRAVIDADE DO PROBLEMA
O Piauí conta com apenas dois programas de abastecimento: a Operação Carro-Pipa Federal que é executada pelo Exército e a Operação Carro Pipa do Ministério da Defesa Civil. Somente o fornecimento do Exército não é suficiente para manter abastecidas as cidades, além disso eles distribuem apenas para cisternas centralizadas e não de casa em casa como faz a Defesa Civil. Vale ressaltar que o próprio fornecimento do exército chegou a parar por quase um mês por falta e recursos.
Sem chuvas, o papel da distribuição se torna essencial, para a manutenção da própria vida, já que poços tendem a secar rapidamente sem a reposição. “Ano passado teve água para os animais, mas nesse ano, estamos lutando para que os cidadãos tenham. A questão não é apenas o caminhão, mas precisamos que mais poços sejam perfurados também” frisou Arinaldo Leal.
A primeira iniciativa para que fosse decretado o estado de emergência foi dos próprios municípios, já que os prefeitos estão acompanhando de perto a situação e alegam que não tem condições para bancar o abastecimento, que está orçado em R$ 18 milhões. Outra reclamação é o fato de outros estados receberem normalmente o repasse, como o vizinho Ceará. Situação que também deixa a suspeita de uma possível retaliação política contra o ex-governador e atual candidato Zé Filho.
Simone Pereira afirma que a questão deve ser tratada como caso de saúde pública: “Isso que o Governo Federal está fazendo com Piauí é um assassinato coletivo, porque você vai ver daqui há alguns dias crianças e idosos morrendo de sede”, pontuou a secretária.
Presidente da APPM, Arinaldo Leal (acima) e a secretária estadual de defesa civil do Piauí, Simone Pereira (abaixo). Os dois estiveram pessoalmente no Portal 180graus para expôr a situação dramática do Estado.
De acordo com a secretária Simone Pereira todos os decretos estão vigentes em 201 municípios do Piauí, portanto, não há razão legal para barrar os repasses. “Desde que tomei conhecimento, fui à Brasília várias vezes verificar o problema, descobri que o processo estava na Casa Civil, provavelmente nas mãos de Aluízio Mercadante que é o responsável, e que de fato não havia previsão alguma para liberar qualquer recurso. Também chegaram a afirmar que o problema era a prestação de contas, mas também não havia pendências”, explicou.
Na ocasião, em sua ida à Brasília, a secretária conta que foi questionada sobre o fato de estar chovendo no Estado. Ela explicou que existem os dados pluviométricos totalmente acessíveis e que os índices até agora não conseguiram tirar o estado de calamidade nos municípios enquadrados. Nesse sentido, cabe lembrar que as chuvas no estado foram absurdamente irregulares e que a água das mesmas nem sempre é apropriada para o consumo humano.
Imagens do Município do Vila Nova do Piauí
“É contraditório, pois em um momento você tem um decreto que comprova o estado de emergência dos municípios e no momento seguinte afirmam que choveu. É preciso entender que as chuvas que tivemos não foram capazes de encher barragens”, ressaltou o presidente da Appm que também é prefeito do município de Vila Nova.
Outro agravante é a situação dos poços disponíveis, por exemplo, na região conhecida como Cristalino, que inclui municípios como Caridade do PI, São Raimundo Nonato e Curralinhos. Nessa região os poços cavados a 400m de profundidade dificilmente são fontes de águas e quando o são, resultam em água salobra ou mesmo salgada e imprópria para consumo humano.
ENTENDA A GRAVIDADE DO PROBLEMA
O Piauí conta com apenas dois programas de abastecimento: a Operação Carro-Pipa Federal que é executada pelo Exército e a Operação Carro Pipa do Ministério da Defesa Civil. Somente o fornecimento do Exército não é suficiente para manter abastecidas as cidades, além disso eles distribuem apenas para cisternas centralizadas e não de casa em casa como faz a Defesa Civil. Vale ressaltar que o próprio fornecimento do exército chegou a parar por quase um mês por falta e recursos.
Sem chuvas, o papel da distribuição se torna essencial, para a manutenção da própria vida, já que poços tendem a secar rapidamente sem a reposição. “Ano passado teve água para os animais, mas nesse ano, estamos lutando para que os cidadãos tenham. A questão não é apenas o caminhão, mas precisamos que mais poços sejam perfurados também” frisou Arinaldo Leal.
A primeira iniciativa para que fosse decretado o estado de emergência foi dos próprios municípios, já que os prefeitos estão acompanhando de perto a situação e alegam que não tem condições para bancar o abastecimento, que está orçado em R$ 18 milhões. Outra reclamação é o fato de outros estados receberem normalmente o repasse, como o vizinho Ceará. Situação que também deixa a suspeita de uma possível retaliação política contra o ex-governador e atual candidato Zé Filho.
Simone Pereira afirma que a questão deve ser tratada como caso de saúde pública: “Isso que o Governo Federal está fazendo com Piauí é um assassinato coletivo, porque você vai ver daqui há alguns dias crianças e idosos morrendo de sede”, pontuou a secretária.
Presidente da APPM, Arinaldo Leal (acima) e a secretária estadual de defesa civil do Piauí, Simone Pereira (abaixo). Os dois estiveram pessoalmente no Portal 180graus para expôr a situação dramática do Estado.
Publicado Por: Jhussyenna Reis
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