Mortes em acidentes de trânsito crescem 126,7% e Piauí é o terceiro Estado com taxas mais altas de mortes no trânsito.
O Piauí registrou em 2012, 1.215 mortes
por acidentes de trânsito, o que representou um crescimento de 126,7%
nos últimos dez anos e um aumento de 1,3% em relação ao ano anterior, de
2011.
O crescimento das mortes no trânsito nos
últimos dez anos foi de 40%. O crescimento no Piauí foi de mais de
quatro vezes o do Brasil.
Os números tornaram o Piauí o terceiro
Estado brasileiro com as maiores taxas de mortes no trânsito. Em sua
frente apenas os Estados do Rondônia, com uma taxa de 42,4 mortes no
trânsito para cada 100 mil habitantes; e Tocantins, com 40,9 mortes no
trânsito para cada 100 mil habitantes. O Piauí tem uma taxa de 38,4
mortes no trânsito anuais para cada 100 mil habitantes. A média nacional
é de 23,7 para cada 100 mil habitantes.
Em 2002, o Piauí tinha 536 mortes em acidentes de trânsito.
Os dados são do Mapa da Violência,
divulgado na terça-feira, baseados no Sistema de Informações da
Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.
A taxa de óbito em acidente de trânsito no Piauí em 2002 era de 18,5 para cada 100 mil habitantes.
O Piauí perdeu seu posto de Estado menos
violento do Piauí. Hoje é o terceiro menos violento do Brasil porque em
2012 um total de 544 pessoas foram assassinadas, um crescimento de72,7%
em relação a 2002, quando 315 pessoas foram assassinadas.
Em 2011, os assassinatos ficaram em 544. Em 2012, os homicídios aumentaram 7,6% em relação ao ano anterior.
O Piauí ficou em 2012 com uma taxa de
17,2 assassinatos por cada grupo de 100 mil habitantes, um crescimento
de 58,4% em relação ao ano de 2002, quando a taxa era de 10,6 para cada
100 mil habitantes.
A taxa de Santa Catarina, o Estado menos
violento do Brasil, é de 12,8 assassinatos para cada grupo de 100 mil
habitantes. O Piauí também perde para São Paulo, que tem uma taxa de
15,1 assassinatos para cada 100 mil habitantes.
Em relação aos suicídios, o Piauí ocupa a
quinta maior taxa do Brasil. O Piauí tem uma taxa de 7,4 suicídios para
cada 100 mil habitantes. Em primeiro lugar está o Rio Grande do Sul com
10,9 suicídios por cada grupo de 100 mil habitantes; seguido de Santa
Catarina, com 8,6 suicídios poa cada 100 mil habitantes; de Mato Grosso
do Sul, com 8,4 suicídios para cada grupo de 100 mil habitantes e
Roraima, com 8,1 suicídios para cada grupo de 100 mil habitantes.
A média do Brasil é de 5,3 suicídios para cada 100 mil habitantes.
O Piauí registrou em 2012 um total de
235 suicídios, 85% a mais do que há dez anos. Em 2002 foram registrados
no Piauí 127 suicídios. Há dez anos, a taxa de suicídios no Piauí era de
4,4 para cada 100 mil habitantes.
O Brasil registrou em 2012 o maior
número absoluto de assassinatos e a taxa mais alta de homicídios desde
1980. Nada menos do que 56.337 pessoas foram mortas naquele ano, num
acréscimo de 7,9% frente a 2011. A taxa de homicídios, que leva em conta
o crescimento da população, também aumentou 7%, totalizando 29 vítimas
fatais para cada 100 mil habitantes. É o que revela a mais nova versão
do Mapa da Violência, que será lançada nas próximas semanas com dados
que vão até 2012.
O levantamento é baseado no Sistema de
Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, que tem como
fonte os atestados de óbito emitidos em todo o país. O autor do mapa, o
sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, diz que o sistema do Ministério da
Saúde foi criado em 1979 e que produz dados confiáveis desde 1980. As
estatísticas referentes a homicídios em 2012, portanto, são recordes
dentro da série histórica do SIM.
“Nossas taxas são 50 a 100 vezes maiores
do que a de países como o Japão. Isso marca o quanto ainda temos que
percorrer para chegar a uma taxa minimamente civilizada”, destaca o
sociólogo.
Para Waiselfisz, o Brasil vive um
“equilíbrio instável”, em que alguns estados obtêm avanços, mas outros
tropeçam. Os dados mais recentes mostram que apenas cinco unidades da
federação conseguiram reduzir suas taxas de homicídios de 2011 para
2012. Dois deles — Rio de Janeiro e Espírito Santo — se mantiveram
praticamente estáveis, com quedas de 0,3% e 0,4%, respectivamente. Os
outros três foram Alagoas, com retração de 10,4%; Paraíba, com 6,2%, e
Pernambuco, com 5,1%. Ainda assim eles continuam entre os dez estados
com maiores taxas de homicídio do país.
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