PIAUÍ JÁ TEM DOIS GOVERNADORESO anuncio antecipado da chapa governista para a eleição deste ano no Piauí gerou uma situação em que, a partir de agora, o Estado passa a ser administrado por dois governadores. Um que vai sair dia 5 de abril e o outro que vai assumir naquela data. Wilson Martins(PSB), deverá renunciar para se candidatar ao senado. Com isso, assume seu vice, Zé Filho(PMB), cujo partido está indicando o governador. É comum, toda vez que se anuncia um novo governador que ainda deverá assumir, as atenções sejam direcionadas para ele, ainda que o mandato seja tampão de apenas 9 meses, como se prenuncia o de Zé Filho a partir de abril. Temos então, o governador que tem apenas três meses de mandato e o próximo.
ADMINISTRAÇÃO COMPARTILHADADaqui até sua renuncia, tudo que o governador de plantão for fazer, obviamente ouvirá o seu sucessor. Até nomes de assessores numa eventual mudança , o futuro governador acaba sendo pelo menos ouvido.
NA DITADURA ERA ASSIMNos tempos da ditadura quando os governadores eram nomeados, o anuncio do nome do futuro governador provocava correria entre os políticos.
ELEITOS TAMBÉMAinda hoje, quando um governador é eleito, logo após a eleição, ele passa a ser assediado por todos: políticos, amigos, familiares, empresários e a imprensa..
ANOTE PARA CONFERIRSe não for candidato este ano (ele poderá pleitear uma cadeira na Assembleia Legislativa), o ex-governador Freitas Neto será o secretario de Governo do futuro governador Zé Filho.
EDUCAÇÃOOutro que se não for candidato deverá compor o secretariado é o deputado e ex-ministro João Henrique de Almeida Souza. Seu lugar será na pasta da Educação, cargo que já exerceu no governo Alberto Silva.
CHARLES NA PREFEITURAO Professor Charles Silveira é pule de dez o nome que poderá assumir a secretaria de Governo na Prefeitura de Teresina quando o deputado Luciano Nunes deixar o cargo e voltar a Assembleia.
A PRIMEIRA GOVERNADORAEssa história quem conta é o deputado Temístocles filho(PMDB), presidente da Assembleia. Por duas vezes o Piauí teve a oportunidade de ter uma mulher como governadora. O cavalo passou selado para Adalgisa Moraes Souza em 2006 e agora, para Rejane Dias. Seus respectivos esposos não deixaram.
DISSIDÊNCIAEm 2006, Mão Santa era senador e fora oferecida a vaga de vice na chapa do PT para sua mulher Adalgisa. Ele não só rejeitou, como rompeu com os petistas.
REPETECOAgora, a história se repete. O PMDB ofereceu a vaga de vice em 2014 para dona Rejane Dias(PT), mulher do senador Wellington Dias. Os petistas não só recusaram, como lançaram Wellington candidato, provocando o rompimento da aliança com PMDB e PSB.
ALIANÇA ANTIGAA coligação PMDB/PSDB já existiu duas vezes. Tendo saído das entranhas do PMDB, o PSDB se coligou aqui duas vezes com os peemedebistas. A primeira foi em 1994, quando Osmar Araújo(PSDB) foi o vice de Mão Santa. Depois, em 2000, Marcos Silva(PMDB) foi o vice de Firmino Filho(PSDB) na Prefeitura de Teresina.
FISSURAS NO INTERIORMas, nem tudo são flore nessa aliança. No interior há resistências localizadas. Por exemplo, em Uruçuí, não tem que faça o PSDB se unir ao PMDB. Os adversários do ex-deputado Chico Filho não sobem em seu palanque. Há outros casos.
DE CÁTEDRAO senador João Vicente disse aqui na imprensa que, esse bloco formado pelo governador Wilson Martins terá vida curta, dando a entender que alguém será traído. JVC conhece muito bem esses atropelos e acidentes de percursos. O seu partido, o PTB, foi vítima duas vezes desse tipo de comportamento.
NOTAS & NÓTULAS*A tabela de pagamento do Estado teve o seu tempo reduzido em um dia. Antes terminava em oito. Agora são sete dias.
*Só ficou um petista na gestão de Wilson Martins. Trata-se, do deputado Nazareno Fonteles. Ele escapou porque o secretario de Educação, Átila Lira disse que só volta a Brasília em abril.
*Nazareno é o 1º suplente de deputado federal da coligação PSB/PT/PMDB.
fonte 180 graus: Publicado Por: Fábio Carvalho
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