Prefeito Nivaldo
Três policiais militares do estado da Bahia, identificados como Gilnei, Vanieldson e Arielson, foram detidos na tarde da terça-feira passada, dia 27, acusados de terem invadido a Prefeitura Municipal de Sebastião Barros, localizada a cerca de 840 km ao sul da capital Teresina.
Eles teriam entrado na prefeitura à procura do prefeito Nivaldo, alegando que este estava com uma dívida a ser paga. Acabaram sendo rendidos, com direito a luta corporal, pelo próprio gestor e seus assessores, como já havia noticiado o180graus na mesma data. Não satisfeito, o prefeito fez questão de exibir quem são os policiais que estavam atrás dele.
As fotos vieram direto de Sebastião Barros, via email. Nivaldo relatou que estava sentado na sala de seu gabinete quando notou a presença dos três homens na ante-sala, que estariam indo em sua direção. “Eu me senti intimidado por ver três homens armados vindo em minha direção e imediatamente desarmei o que estava mais próximo, enquanto meus assessores prontamente renderam os outros dois”.
Foi solicitada a presença da Polícia Militar do município de Sebastião Barros, que ao chegarem à prefeitura acabaram detendo os três policiais. O prefeito de Sebastião Barros relatou que o motivo da presença dos policiais na prefeitura, alegado pelos mesmos, seria a cobrança de uma dívida de um comércio chamado São Judas Tadeu, localizado no município de Santa Rita de Cássia, estado da Bahia e que teria sido feita em nome da prefeitura de Sebastião Barros no valor de R$ 2.475 mil.
"Desconheço esta dívida, esta empresa não se encontra no quadro de fornecedores da prefeitura. Todas as nossas compras são realizadas através de licitação, de acordo com a lei, não temos débito com nenhum de nossos fornecedores; somos destaque a nível de estado porque temos levado nossa administração com muita seriedade. Mesmo porque, se eles são policiais militares, não teriam jamais a atribuição de efetuar nenhum tipo de cobrança, seja ela qual for”, declarou Nivaldo, que ainda observa que há dias vinha recebendo telefonemas de cobrança da mesma empresa, e voltou a afirmar que a prefeitura nunca contraiu essa dívida.
VEJA AS FOTOS
OUTRO LADOO policial militar Arielson, de Santa Rita de Cássia (BA), declarou que a presença dele e dos colegas na prefeitura tinha como único objetivo entregar uma nota fiscal ao prefeito, como "favor" solicitado pelo comerciante ao saber que os mesmos passariam por Sebastião Barros. “Nós andamos armados porque somos policiais militares, e nossas armas têm registro em todo o território nacional, temos o direito de ir a qualquer lugar com elas". Os policiais ainda afirmaram que não estariam realizando nenhuma cobrança e que foram agredidos "gratuitamente", pois em nenhum momento teriam intimidado alguém ou sido agressivos. Os soldados Gilnei, Vanieldson e Arielson foram conduzidos pelos policiais militares Nogueira e Lindomar até a 10ª Delegacia de Polícia Civil de Corrente. Eles serão ouvidos pela delegada Daniela Dinalli deverão ser tomados os tramites legais. A reportagem do 180graus deixa o espaço aberto caso os policiais ainda queiram se manifestar sobre as fotos aqui divulgadas. O telefone da Redação é o (86) 9984-2767 ou pelo email redacao@180graus.com.
Publicado Por: Allisson Paixão
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