OPERAÇÃO PIONEIROS: Advogado vai questionar prisões TRÊS PESSOAS APONTADAS PELA PF vão se apresentar. Defesa diz que não há provas

Gustavo Uchoa representa cinco pessoas apontadas pela PF

A Polícia Federal poderá fazer novas prisões como parte da Operação Pioneiros, deflagrada na última sexta-feira (10/05) e prendeu treze pessoas acusadas de participação numa quadrilha que atuava há mais de 20 anos com o tráfico de drogas na zona Sul de Teresina. 

Em entrevista à TV Clube, o advogado Gustavo Uchôa, que representa cinco dos apontados pela Polícia Federal de envolvimento com o grupo, afirmou que nesta semana apresentará três pessoas que estão com mandado em aberto. Dois de seus representados estão presos.

Para o advogado, as prisões aconteceram de forma irregular, já que no cumprimento dos mandados de busca e apreensão não teriam sido encontradas materialidade contra os mesmos. "A Polícia passou um ano investigando e nada foi comprovado contra os meus representados", disse na reportagem de Marcos Teixeira.

Já o juiz Almir Abib Tjara, que emitiu os mandados de prisão, informou que escutas telefônicas foram usadas na investigação. "São pessoas que não tem nenhuma outra atividade ou emprego, mas que possuem guandes quantias em dinheiro. Por isso pedimos o bloqueio das contas", disse na reportagem.

Juiz Almir Abib Tajra, da 7ª Vara Criminal

ENTENDA MAIS DA OPERAÇÃO
A operação Pioneiros é resultado de uma investigação iniciada há 14 meses, e pretende prender uma quadrilha especializada em tráfico de drogas na capital e municípios vizinhos. Em um trabalho conjunto com a Delegacia de Repressão a Entorpecentes foram identificados os fornecedores da droga, que vem para o Piauí, nos estados de Minas Gerais e Mato Grosso, onde também estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão.

Operação da Polícia Federal prendeu 28 pessoas em mais de um ano de operação

O delegado Carlos Nascimento, que coordena as investigações, confirmou que 13 pessoas - inclusive cinco mulheres - foram conduzidas à superintendência em Teresina. Dentre as prisões, quatro foram em flagrante. Também foram registradas prisões em Minas Gerais (quatro) e no Mato Grosso (duas). Outras 7 foram presas ao longo das investigações.

Segundo o delegado, totalizam-se 28 presos, incluindo o líder do grupo em Teresina, o conhecido como "Véi Zeza", de 68 anos. Este foi preso em uma residência muito bem estruturado no Povoado Alegria. A casa do Lourival Parente era usada muito mais para as ações criminosas do que como residência. A polícia especificou em coletiva, inclusive, que a casa no povoado Alegria era muito mais estruturada.

Dos 25 imóveis sequestrados, estavam residências em Teresina, Caldas Novas, São Luís e Imperatriz. Uma das prisões importantes aconteceram na cidade de Uberlandia (MG), onde estava um dos líderes do grupo. Um dado importante divulgado pela PF, é que recentemente a investigação conseguiu resgatar um alvo do bando, que foi inclusive preso e levado para outro estado. Nos trabalhos também a polícia conseguiu recolher elementos que comprovam pelo menos mais três eventos, incluindo homicídios.

Publicado Por: Apoliana Oliveira