Apelidado de ‘Frankenstein’, ele teria partes de várias criaturas
Um esqueleto de dinossauro com idade estimada em 70 milhões de anos, alvo de uma disputa judicial internacional, é na verdade uma espécie de Frankenstein, reunindo partes de várias criaturas, disse um advogado na quarta-feira a um tribunal federal de Nova York.
A alegação --contestada por promotores-- pode complicar a ação de confisco movida pelo governo dos EUA contra um comerciante de fósseis da Flórida que reconstruiu ossos de um tiranossauro bataar e leiloou a peça por US$ 1,05 milhão em maio. O material de divulgação do leilão sugeria que se tratava da reconstrução de um só animal.
Em junho, autoridades dos EUA confiscaram o esqueleto, que tem 2,4 metros de altura e 7,3 de comprimento, por causa de suspeitas apresentadas pela Mongólia de que o material teria sido retirado ilegalmente do deserto de Gobi.
Na quarta-feira, Michael McCullough, advogado do paleontólogo comercial Eric Prokopi, disse que cerca de metade da reconstrução --ossos fossilizados fundidos a uma estrutura metálica-- veio de apenas uma criatura, e a outra metade, de "pelo menos duas, provavelmente muitas".
"É uma espécie de modelo Frankenstein de um dinossauro, partes de vários dinossauros", observou, surpreso, o juiz P. Kevin Castel.
Mas peritos do governo aparentemente acreditam que a reconstrução deriva de uma só criatura. "Eles não notaram que isso era de várias fontes?", perguntou o juiz Castel ao promotor Martin Bell.
"A opinião deles é que se trata principalmente de um dinossauro", respondeu Bell. "Foi comercializado como um dinossauro."
No pedido de devolução, a Mongólia também partia da suposição de que o esqueleto leiloado era de um só espécime. Prokopi não disse de onde obteve os ossos do tiranossauro bataar, que é um primo do famoso tiranossauro rex.
G1
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