A TV Meio Norte, no programa Agora, apresentou o áudio de uma denúncia feita pelo jovem Vladimir Santos de Jesus. Ele solicitou uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), para atender uma mulher que estava passando mal em uma pensão. Mas teve de ouvir não só que não receberia o atendimento, como várias afirmações que soam no mínimo, como indelicadas.
A mulher de 70 anos, que não teve o nome revelado, havia acabado de chegar de Chapadinha, no Maranhão, quando sentiu fortes dores. Ela, segundo Vladimir, não conseguir realizar os movimentos da cintura para baixo, e reclamava de fortes dores. O rapaz então decidiu solicitar o SAMU. Apesar de na gravação a mulher se referir a idosa que precisava de atendimento como mãe do rapaz, ela é apenas conhecida.
Ao fazer a primeira ligação, às 22h desta quinta-feira (16/08), ele não recebeu o atendimento. Retornou então diversas vezes até que foi passada a ligação a uma mulher que se identificou como Doutora Rosa. A mulher primeiro avisou que aquele não seria um caso para o serviço. “Não é caso para SAMU. A gente não manda ambulância para qualquer pessoa ao bel prazer da gente não. Temos regras no SAMU”
Vladimir, que fez a denúncia à Meio Norte
Em seguida, com a insistência do rapaz, a mulher aconselhou que ele pegasse um taxi e a levasse para o hospital. Vladimir disse que não tinha condições, e por isso chamou o SAMU. E ele diz: “e se ela morrer aqui?”. A mulher então responde: “Se ela morrer aí a culpa é exclusivamente sua. O senhor tá vendo que ela precisa ir. O senhor tem que pegar um taxi agora”.
O rapaz ameaça denunciar a mulher e diz ainda: “Se fosse sua mãe você mandava né?”. E ele ouve a mulher responder: “Não, se fosse a minha mãe eu colocava dentro do meu carro e levava. Não vou mandar. Não adianta o senhor passar a noite ligando. O senhor está perdendo seu tempo”. Toda a conversa foi gravada no celular de Vladimir.
O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), João Rodrigues, deu entrevista ao jornalista Ieldyson Vasconcelos, e falou sobre o caso. Segundo ele, será aberto um inquérito administrativo para apurar o caso. “É um caso complicado, o SAMU tem protocolo e é difícil saber a diferença entre o que é real e o entendimento do médico. No SAMU, a direção afirmou não ter nenhuma médica com o nome de Rosa, e suspeita-se que ela tenha mentido sobre o nome.
Agora será feita a investigação para descobrir o nome da funcionária, já que todas as ligações são gravadas. Será dada também a possibilidade de defesa para apurar se realmente houve abusos neste caso. Quando à mulher que precisava de atendimento, essa foi levada para o HUT, depois que o rapaz conseguiu com a ajuda de algumas pessoas, pagar o transporte da mulher.
Presidente da FMS explicou o caso na TV Meio Norte
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