O julgamento de Lindemberg Alves Fernandes, acusado de matar Eloá em
outubro de 2008, começou nesta segunda-feira (13) com a exibição de
vídeos tanto do Ministério Público quanto da defesa do réu aos jurados
no Fórum de Santo André, no ABC. Seis homens e uma mulher compõem o
conselho de sentença, definido no início do julgamento.
Durante uma hora e meia, entre 11h36 e 13h06, a defesa de Lindemberg
exibiu cerca de 15 vídeos jornalísticos que retratam a cobertura da
imprensa e também a invasão da Polícia Militar ao apartamento onde a
Eloá foi mantida refém por cinco dias, entre 13 e 17 de outubro de 2008.
As imagens mostram entrevistas que criticam a postura de jornalistas
que chegaram a conversar com o acusado por telefone enquanto ele
mantinha quatro pessoas em cativeiro, impossibilitando que os policiais
conduzissem a negociação com o réu.
Em outras reportagens exibidas pela defesa, as criticas são
direcionadas à invasão do Grupo de Ações Táticas e Especiais (Gate) da
Polícia Militar ao imóvel. O material sugere que Lindemberg atirou em
Eloá após a incursão dos policiais.
Entre as matérias jornalísticas apresentadas pela advogada Ana Lúcia
Assad, que representa Lindemberg, há entrevistas do réu logo após a
prisão, em imagens divulgadas por uma emissora de TV, na qual ele diz
que “gostaria de voltar o tempo”. Há também entrevistas com Nayara
Rodrigues da Silva, mantida refém e baleada por Lindemberg, na qual diz
que só efetuou os disparos após a entrada da PM no apartamento.
A promotora Daniela Hashimoto também exibiu um vídeo retratando o
comportamento agressivo de Lindemberg Alves. O julgamento entrou em
recesso para almoço pouco depois das 13h e já foi retomado depois
das14h.
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