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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Moradores do Sigefredo Pacheco são retirados pela Polícia Federal No total, 22 casas serão desocupadas. O clima é de muita comoção. Famílias que não tem para onde ir

Terça-feira (24/01) de muita tristeza para algumas famílias do Residencial Sigefredo Pacheco, no Vale do Gavião, zona Leste de Teresina. Ao todo 22 residências deverão ser desocupadas nesta manhã.

Duas equipes formadas por agentes da Policia Federal, oficiais de justiça, representantes da Caixa e policiais militares se dividiram na missão de solicitar a retiradas dessas famílias.

“Eles já foram comunicados há oito dias que deveriam deixar as casas, hoje só estamos cumprindo a desocupação. Mas está tranquilo, a maioria das casas já foram desocupadas, mas caso se recusem, terão que sair à força. Foi fornecido carro de mudança, chaveiro, para que tudo aconteça com tranquilidade”, disse o oficial de justiça Evandro de Sousa Gomes.

As casas foram ocupadas de maneira irregular e deverão ser entregues aos donos que foram sorteados. Muitas dessas famílias ocuparam as casas porque não tinham onde morar e as casas estavam vazias, como aconteceu com o Reginaldo de Sousa.



“Já estou há oito meses aqui e a dona nunca havia aparecido, eu não tenho outro lugar para morar, me sinto muito humilhado, aqui não aparece sequer uma assistente social, só chega a polícia para colocar a gente para fora”, disse.

A situação mais crítica ainda é da dona de casa Márcia Daniela. Com três filhos ainda pequenos ela não tem parentes em Teresina e não tem onde morar, arrumaram um local da construtora, sem qualquer estrutura, para ela ficar por enquanto, que vai dividir com outros despejados.


“Eles me deram esse prazo, mas eu não tenho para onde ir, a única renda é a Bolsa-Família das crianças, estamos passando muita necessidade, essa situação é muito triste”, disse.

A situação realmente é crítica. A prefeitura não encaminhou nenhum assistente social para verificar a situação das famílias ou algum representante para algum tipo de negociação em outro programa de moradia.

“Nós estivemos no apartamento do prefeito Elmano Férrer e ele bateu no nosso ombro afirmando que nenhuma família ia ser despejada, prometeu não tirar ninguém daqui, e agora a policia despejando a gente desse jeito”, disse o impressor flexográfico Genissé Santos, ele mora há sete meses numa residência e também foi solicitado que se retirasse.

”O prefeito devia tomar providencias das casas fechadas que estão servindo para uso de drogas e prostituição”, concluiu Genissé.

As ações de despejo devem continuar durante o dia até que todos sejam comunicados.







 

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