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sábado, 18 de abril de 2015

Caso Amanda: Polícia suspeita que o noivo de dançarina integra milícia Padrão financeiro, porte de armas pesadas seriam algumas das evidências

A prisão de Milton Severiano Vieira, de 32 anos, pelo assassinato da dançarina de funk Cícera Alves de Sena, 29 anos, conhecida pelo nome artístico Amanda Bueno, deverá levar a polícia a investigar a atuação de grupos criminosos em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. De acordo com o delegado Fábio Cardoso, da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), há indícios de que ele esteja envolvido com a formação de milícia na região.

Popularmente conhecido na cidade como Miltinho da Van, ele foi preso horas depois do brutal assassinado da ex-integrante do grupo Jaula das Popozudas. Imagens gravadas pelas câmeras de vigilância da casa onde vivia o casal registraram o crime. Milton aparece agredindo severamente a noiva antes de atirar contra ela. Segundo a polícia, ele primeiro atirou, a queima roupa, com uma pistola e depois usou uma escopeta para atirar outras vezes. No momento da prisão, ele portava ao menos cinco armas de fogo.

“Diante do que a gente viu nesse crime, verificando o poderio financeiro dele, com veículos muito caros, a posse de um verdadeiro arsenal, com armas de grosso calibre e farta munição, somado ao fato dele estar envolvido com exploração do transporte clandestino na cidade e considerando essa violência desmedida com uma pessoa com quem ele vivia, tudo indica que ele pode ter envolvimento com grupos criminosos que atuam naquela região”, disse o delegado Fábio Cardoso.
Segundo Cardoso, após a conclusão do inquérito sobre o assassinato da dançarina, ele irá remeter os autos para a Justiça e para alguma delegacia que tenha atribuição para investigar o envolvimento dele em outros crimes.
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Milton deverá ser transferido neste sábado (18) para o Complexo Penitenciário de Gericinó. A Justiça decretou nesta sexta-feira (17) a prisão preventiva dele, que foi autuado em flagrante pelos crimes de roubo majorado com emprego de arma de fogo, porte ilegal de arma e homicídio triplamento qualificado – agravado por motivo fútil e ausência de chance da vítima, além de feminicídio.
A decisão foi tomada pelo juiz Alexandre Guimarães Gavião, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu. O magistrado destacou o apelo público gerado pelo crime.
“É certo que o estado de comoção social e de eventual indignação popular, motivado pela repercussão da prática penal, não deve justificar, por si só, a decretação da prisão cautelar do suposto autor do comportamento delituoso. No entanto, a medida cautelar em questão se justifica para a tutela, inclusive, do bom andamento da persecução penal e da eficácia de seu resultado", afirmou o juiz.

DEFESA DIZ QUE FOI SURTO
Conhecido como Miltinho da Van, ele admitiu o assassinato, segundo afirmou o advogado Hugo Assumpção. O defensor destacou que ele alegou ter sofrido um "surto" e que está arrependido do crime. Em depoimento, no entanto, ele se reservou o direito de ficar calado, conforme esclareceu o delegado Fábio Raboso, responsável pelas investigações.
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Segundo Cardoso, a tipificação foi baseada no novo crime de feminicídio. A lei para assassinatos de mulheres por razão de gênero foi sancionada em março pela presidente Dilma Rousseff e funciona com agravante do crime de homicídio, além de ser classificado como hediondo. Se condenado por todos os crimes, a pena somada pode chegar a 67 anos de prisão.

O delegado informou que será investigada ainda uma suposta ligação de Milton com milícias e outros homicídios.

"Uma pessoa que controla tantas linhas de vans, tem tantas armas sem registro em casa e um esquema de segurança tão grande envolvendo a sua casa será investigado para sabermos se está relacionado com outros crimes", afirma o delegado Fábio Cardoso.

A polícia vai apurar registros de crimes, principalmente na região da Posse, em Nova Iguaçu. "Vamos verificar os homicídios que aconteceram naquela área e, caso tenham sido cometidos com o mesmo tipo de arma, vamos pedir confronto balístico."
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HISTÓRICO DE AGRESSÃO
Milton tem duas passagens anteriores pela polícia por agressões a mulheres. "Ele já tem um histórico de violência doméstica", explicou o delegado. Amigas da funkeira, que não quiseram ser identificadas, contaram que ela parou de dançar a pedido do noivo. Amanda, de 29 anos, é ex-integrante da Jaula das Gostozudas e da Gaiola das Popozudas.

Segundo o delegado, o crime pode ter sido motivado por ciúmes. Miltinho teria almoçado com uma ex-namorada que, no dia do crime, ligou para Amanda para provocar. A ligação teria gerado uma briga e Miltinho saiu de casa. Mais tarde, ele teria voltado cambaleando.

O advogado acredita que um dos motivos do ciúme seriam vídeos recebidos por Milton. Assumpção não quis comentar o teor das imagens para "presevar" Amanda.
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Um vídeo postado na página do Radar Costa Verde mostra o momento do assassinato, em registros feitos por câmeras de segurança.

A polícia confirmou que a dinâmica do crime é a mesma que parece no vídeo. Após discussão, Milton pega a vítima pelo pescoço, bate com a cabeça dela 11 vezes em uma pedra do jardim e dá 10 coronhadas na cabeça dela. Em seguida, entra em casa, veste o colete à prova de balas e se arma com um revólver, três pistolas e uma espingarda calibre 12. Ao passar pelo corpo, dá tiros com a pistola e com a espingarda no rosto da vítima.

Após a morte, Miltinho sai, rende dois homens e rouba um carro, mas é preso logo depois do crime, ao capotar durante fuga da polícia. Quatro armas, incluindo uma espingarda semelhante à que aparece no vídeo, foram encontradas no veículo.
Segundo a polícia, ele não tinha porte para nenhuma das armas encontradas. O advogado falou que tinha autorização por ser colecionador.
NOIVOS HÁ QUATRO DIAS
Amanda Bueno, que na verdade se chama Cícera Alves de Sena, ficou noiva de Miltinho da Van, de 32 anos, quatro dias antes do crime. O assassinato ocorreu na casa do casal, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no fim da tarde desta quinta-feira.

De acordo com o delegado, o suspeito, que teria roubado um carro logo após assassinar a mulher, foi localizado por agentes da unidade e, ao tentar escapar, perdeu o controle da direção do veículo e capotou.

Ele foi encaminhado, sob escolta policial, ao Hospital da Posse, e liberado com ferimentos leves. O preso será transferido neste sábado (17) para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
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Fonte: Com informações do G1

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